Inicialmente coberto por mata virgem, com topografia acidentada e habitado por índios da tribo Kaingang, o território onde é hoje o município de Ametista do Sul começou a ser colonizado no início do século XX, por pessoas oriundas dos municípios de Palmeira das Missões e Santa Bárbara. Na década de 1940 surgiram os primeiros núcleos habitacionais, sendo que o local era conhecido pelo nome de Cordilheira. Nesta mesma década, pessoas vindas da região de Caxias do Sul (região essa também conhecida como 'Terras Velhas') passaram a residir nesta localidade, dedicando-se inicialmente as atividades da agropecuária. Os imigrantes trouxeram consigo a religiosidade, demonstrada através da construção de um capitel, em 1945, onde foi colocada a imagem do Arcanjo São Gabriel, e com isso o local passou a ser conhecido como São Gabriel, sendo que ainda hoje existe o marco, localizado em frente ao comércio Ferragens Bassi. Foi também naquela década que foram descobertas, no município, as primeiras pedras semipreciosas, inicialmente localizadas junto as raízes das árvores, encostas dos córregos e nas lavouras. Logo iniciou-se a exploração mineral, principalmente de pedra ametista (origem do nome do município), o que atraiu mais pessoas para o local. No começo a exploração utilizava escavações em formato de poço, com uma abertura lateral conhecida como carregador, sendo que a construção desta era facilitada pela topografia acidentada da região. Na década de 1950 foi construída no local a primeira escola e a primeira igreja, bem como começaram a ser abertas estradas que facilitavam o deslocamento de pessoas e produtos e substituíam as antigas picadas abertas na mata pelos colonizadores. Em 1958 São Gabriel é transformado em distrito do município de Iraí. Com a emancipação de Planalto o distrito de São Gabriel é extinto e seu território anexado ao novo município. Em 1964 é novamente criado o distrito de São Gabriel, pertencendo ao município de Planalto. Também nesta década a igreja de São Gabriel é elevada à categoria de paróquia. Nos anos de 1970, a extração de pedras semipreciosas, principalmente ametistas, citrinos, gipsitas e ágatas tem grande desenvolvimento. Empresas exportadoras começam a investir no local, e a exploração através de poços é substituída por túneis, também conhecidos como furnas, que chegam a ter vários quilômetros de extensão. O distrito começa a ganhar estilo de cidade, sendo emancipado no dia 20 de março de 1992, sob a lei Nº 9.570, sancionada pelo governador Alceu Collares, sendo a comissão emancipacionista composta por José Carlos Alves, Antônio da Rocha, Jorge Luís Bassi, Izaldir Sganzerla, Valdomiro Albino Toniazzo, entre outros . Como já havia no Rio Grande do Sul um município com o nome de São Gabriel, o novo município recebeu o nome de Ametista do Sul, uma referência a sua principal riqueza mineral, a pedra ametista. Com o passar dos anos, pelo expansivo crescimento local e econômico, o município se destacou nacional e internacionalmente. As riquezas extraídas de seu solo atraem olhares de diferentes partes do mundo. O reconhecimento trouxe à tona o orgulho de seus moradores, quando no ano de 2013 a pedra ametista foi escolhida para ser o mineral símbolo do Rio Grande do Sul, devido a importância desta pedra para o estado. Assim, o Projeto de Lei 101 – 2013 foi aprovado em 2015 pelos deputados estaduais do Rio Grande do Sul.
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